Ser perfeito ou perfeccionista é uma exigência que nos fazem desde que nascemos!
A Arte do Perfeccionismo: Atrás do Véu da Perfeição
Perfeição: Uma Exigência Desde o Nascimento
Desde que nascemos, há uma demanda constante pela perfeição em nossa sociedade. Entretanto, o perfeccionismo não é sinônimo de perfeição e, em muitos casos, pode até ser considerado um defeito grave. Imagine, desde a infância até a adolescência, pais, professores, babás, parentes, colegas e amigos exigem de você a absoluta perfeição! Esta pressão para a perfeição pode ser estressante, desanimadora e desgastante. E nós, adultos, não estamos isentos dessa cobrança. A questão que se coloca é: perfeitos para quem? Para nós mesmos, para os outros, para ninguém ou para todos?
Duas Formas Distintas de Educação
Existem duas abordagens principais no que se refere à educação dos mais jovens.
Primeira Abordagem: Promovendo a Autonomia na Tomada de Decisões
Alguns pais e educadores ensinam os mais jovens a fazer escolhas de maneira correta, mostrando-lhes as vantagens de tomar decisões de forma construtiva. Eles cultivam a responsabilidade das escolhas, questionando seus filhos, por exemplo: “Você já se decidiu?” ou “É isso mesmo que você quer?”
Essa abordagem dá oportunidade da criança ou jovem de errar e aprender com seus próprios erros e ensina a virtude da resiliência, qualidade necessária para toda a vida. Além disso, os jovens e crianças educadas nesse modelo, não se tornam perfeccionistas.
Segunda Abordagem: Autoritarismo e Coerção
Contudo, há pais e educadores autoritários que exigem que crianças e adolescentes se moldem exatamente ao que eles desejam, utilizando ameaças e chantagens emocionais para alcançar esse objetivo.
Consequências dessa Abordagem
A tendência das crianças educadas pelo medo e pelo autoritarismo é se tornarem pessoas facilmente manipuláveis, desistentes e, muitas vezes, não se destacam academicamente. Além disso, ao se libertarem das amarras do autoritarismo, tornam-se revoltadas, rebeldes e até mesmo autoritárias. Entretanto, quando se submetem ao medo e continuam obedecendo aos pais e educadores autoritários, acabam se tornando futuros perfeccionistas. E eu disse perfeccionistas – não perfeitos.
A Armadilha do Perfeccionismo
No passado, durante entrevistas de emprego, quando era solicitado ao entrevistado que relatasse seu principal defeito, a resposta comum era: “perfeccionismo!”. Com o tempo, percebeu-se que ser perfeccionista pode ser uma desvantagem considerável. Hoje, a busca exagerada pela perfeição e o anseio pelo excelente e pelo politicamente correto podem não ser mais vantajosos.
Perfeccionismo e a Inveja
Estudos apontam que os perfeccionistas são mais propensos à depressão, ansiedade patológica e orientação para comparação, ou seja, tendem a invejar os outros. Eles almejam ser perfeitos, portanto, invejam aqueles que julgam ser. Entretanto, foi descoberto que existem duas maneiras estatisticamente válidas de lidar com a inveja e a dor provocada pela comparação social: uma construtiva e uma destrutiva.
A Face Construtiva da Inveja
Ao perceberem, mesmo com julgamentos errados pela falta de conhecimento integral do outro ao qual os perfeccionistas se comparam, eles passam a se esforçar para serem melhores e se colocarem no mesmo nível do seu modelo.
A Face Destrutiva da Inveja
No entanto, a pesquisa sugere que a maioria dos jovens perfeccionistas, como consequência dessa busca exagerada pela perfeição, tendem a seguir o caminho destrutivo. Eles são propensos à competitividade e à comparação social subjetiva e agressiva. Em sua visão, apenas as vantagens sociais e pessoais dos outros são observadas e percebidas. Consequentemente, a inveja destrutiva prevalece. Como resultado, mais inveja, mais busca exagerada pela perfeição e mais perfeccionismo. Porém, sabemos que esse perfeccionismo excessivo pode causar sérios transtornos psicológicos.
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Denival H Couto – Psicólogo e Terapeuta – CRP: 06/17.798-SP
Atendo ONLINE para todo o Brasil e exterior em língua portuguesa. Com 39 anos de experiência nas abordagens TCC – Terapia Cognitiva Comportamental e Terapia Fenomenológica Existencial.
“Meu objetivo é ajudar os meus pacientes a encontrar e quebrar as barreiras que atrapalham o desenvolvimento do completo potencial de cada um, assegurando uma vida mais produtiva, mais confiante, com muito mais qualidade.
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