Você Precisa Realmente de um Psicólogo? Entenda a Importância da Terapia
Apresentação
Vamos falar sobre um artigo intrigante escrito pela advogada Ruth Manus, do Estadão, que discorre sobre a importância da terapia de apoio.
Jura que Você Precisa de um Psicólogo?
Quantas vezes ainda precisaremos afirmar que ter um psicólogo ou um psiquiatra é absolutamente normal?
Aconteceu numa festa. Estava trocando ideias com alguns amigos quando mencionei algo que minha psicóloga havia me orientado. Um deles abriu os olhos surpreso e exclamou, “você tem uma psicóloga?”. Respondi que sim, e questionei o motivo do espanto. Ele confessou que, ao ler meus textos, sempre me percebeu como alguém bem resolvido e nunca imaginou que eu poderia precisar de terapia.
Imagino que todo mundo que tem um psicólogo, um psiquiatra ou que frequenta algum tipo de terapia de apoio já se deparou com essa situação. Muitos se surpreendem, carregando consigo antigos estigmas, acreditando que é frescura, que é exagero. É até irônico nos depararmos com esse tipo de pensamento em 2023.
É interessante (e gratificante) notar como todos os cuidados com o corpo têm sido cada vez mais valorizados: exames preventivos, alimentação saudável, exercícios físicos. As pessoas têm medo de se tornarem desprovidas de beleza, envelhecerem ou adoecerem. Eu também tenho. É por isso que nos matriculamos na academia, optamos por vegetais orgânicos, limitamos o consumo de frituras, realizamos exames de sangue e usamos filtro solar. Mas muitos pensam que isso é suficiente. Que corpo saudável é sinônimo de vida saudável.
Porém, nem sempre é o caso. A mente faz parte do nosso corpo, as ideias são parte da nossa vida, as memórias são parte da nossa história e os sentimentos fazem parte de nós. Não é apenas o neurologista que cuida da mente, assim como não é apenas o cardiologista que cuida do coração. Psicólogos e psiquiatras são tão essenciais quanto os demais. Sim, custa dinheiro, como tudo na vida. Mas, no meu caso, tenho certeza de que é um investimento extremamente válido.
Ainda existem pessoas que acreditam que é necessário estar deprimido ou descontrolado para buscar esse tipo de apoio. Mas não. Você pode estar se sentindo ótimo. Mas pode se sentir ainda melhor. Nós não fazemos ideia de quantas coisas deixamos mal resolvidas no nosso caminho, nem de quanto elas influenciam nossas atitudes atuais. Toda vez que dizemos “eu sou assim” para justificar nossas falhas, é essencial entender que poderíamos não ser assim. Poderíamos ser melhores e mais felizes. Isso é, de fato, algo completamente possível.
Pois bem. Ninguém se choca quando alguém diz que vai gastar milhares de reais para colocar silicone. Ninguém considera absurdo que um homem faça um implante capilar ou que uma mulher faça um tratamento para celulite. De fato, também concordo que tudo o que faz as pessoas se sentirem melhores é válido. Porém, ainda causa espanto quando alguém faz terapia. A terapia ainda é vista por muitos como sinal de fraqueza, de segredos ou de desequilíbrio.
Posso afirmar com convicção: só consigo escrever – e ser julgada, enfrentar críticas e seguir em frente – toda quarta e todo domingo porque tenho apoio. Só aprendi a escrever sobre sentimentos porque me acostumei a falar dos meus. Só consegui lidar bem com o passado quando me ajudaram a afastar fantasmas escondidos. E eu não tenho vergonha disso, assim como acho que ninguém deveria precisar ter.”
RUTH MANUS é advogada e professora universitária. Aprecia a leitura de Drummond, escuta pagode, ama chuchu com bacon e salas de embarque. Ri enquanto fala de coisas sérias. Não perde um XV de Piracicaba contra Penapolense por nada. Sofre de incontinência verbal, tem medo de vaca e de olheiras, como todos nós.
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Denival H Couto – Psicólogo e Terapeuta – CRP: 06/17.798-SP
Atendo ONLINE para todo o Brasil e exterior em língua portuguesa. Com 38 anos de experiência nas abordagens TCC – Terapia Cognitiva Comportamental e Terapia Fenomenológica Existencial.
“Meu objetivo é ajudar os meus pacientes a encontrar e quebrar as barreiras que atrapalham o desenvolvimento do completo potencial de cada um, assegurando uma vida mais produtiva, mais confiante, com muito mais qualidade, levando-os ao autoconhecimento, autoaceitação e melhorando a autoestima, assim como à compreensão e aceitação do outro.”